Publicações Nacionais Janeiro de 2008

Publicações Nacionais  janeiro de 2008

Marchinhas para o ano todo – Diário do Nordeste – Fortaleza/CE 30/01/2008 00h01

 


Música – Marchinhas para o ano todo

Maria Dapaz resgata marchinhas em CD

Quem cansou de procurar um CD com marchinhas, ranchos e frevos dos velhos, bons e saudosos carnavais, já pode comemorar. Na próxima segunda-feira, Maria Dapaz lança uma coletânea para folião nenhum botar defeito

Em 16 faixas (quatro pout-pourris), Maria Dapaz traz em seu novo CD, ´Ô Abre Alas´, as melhores marchinhas e frevos dos carnavais de todos os tempos. O 15º trabalho da cantora pernambucana – à venda em todo Brasil e também na internet – já era um desejo antigo. Pensei neste CD quando procurei nas lojas um desse tipo e não encontrei. Então disse: ´se ninguém fez, vou fazer´. Sempre quis gravar isso, observa.

Cheio de pérolas cuidadosamente arranjadas pelo maestro Gibba Gouveia, o álbum conserva a originalidade das músicas, dando apenas um toque mais atual com coro e metais. A cantora comenta que as gravações existentes já eram muito antigas, sendo necessários detalhes mais modernos.
Não é um CD para ouvir somente no Carnaval, mas sim no ano todo. É bom para todas as ocasiões, como festas de casamento, aniversários, carnaval fora de época´, defende.
Repertório
Com total liberdade para selecionar as músicas, Maria Dapaz se deixou levar pela emoção. ´Escolhi aquelas que pegam as pessoas, principalmente as mais conhecidas que sempre trazem lembranças boas´, destaca a cantora que também inseriu composições próprias como as faixas ´Marcha do abacaxi´ e ´Cantiga pra lua´.

As músicas animadas, como ´Cabeleira do Zezé´ (Roberto Faissal/ João Roberto Kelly), ´Me dá um dinheiro aí´ (Ivan Ferreira/Homero Ferreira/Glauco Ferreira), ´Ô Abre Alas´ (Chiquinha Gonzaga), ´Alla-La-Ô´ (Haroldo Lobo/ Nássara) e ´Chiquita Bacana´ (João de Barro/Alberto Ribeiro), estão reunidas em pout-pourris.
A cantora também dá voz aos clássicos ´Pierrot apaixonado´ (Noel Rosa/Heitor dos Prazeres), ´As pastorinhas´ (João de Barro/ Noel Rosa) e ´Máscara negra´ (Zé Kéti/ Pereira Matos) e ´Pegando fogo´ (José Maria de Abreu/Francisco Matoso).
Autor: Iazkeline Ribeiro – Repórter
Fonte: Diário do Nordeste – Fortaleza/CE

Pra cair na folia – JC on line Recife 28/01/2008 00h01
MARIA DAPAZ
Ô Abre Alas – AtraçãoA cantora e compositora pernambucana Maria Dapaz reúne em seu novo CD maravilhosas marchinhas e frevos dos carnavais do passado. Hábito há muito abandonado pela indústria fonográfica, o lançamento de trabalhos como esse é, no mínimo, alentador.

Com seu belo timbre, Maria Dapaz relembra clássicos como Pegando Fogo (José Maria de Abreu/Francisco Matoso), Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly/Roberto Faissal), Saca-Rolha (Zé da Zilda), Ô Abre Alas (Chiquinha Gonzaga), Allah-La-Ô (Haroldo Lobo/Nássara), Bandeira Branca (Max Nunes/Laércio Alves), Máscara Negra (Zé Kéti/Pereira Matos), A Jardineira (Benedito Lacerda/Humberto Porto) e Chiquita Bacana (João de Barro/Alberto Ribeiro).
Há, também, duas composições da própria intérprete, Marcha do Abacaxi (parceria com Jotta Moreno) e Cantiga Pra Lua (com Nelson Gusmão). Estranhamente, o repertório não traz nenhuma marchinha do mestre Lamartine Babo. Mas ainda assim, é um bom disco. Os arranjos são de Gibba Gouveia e a ambientação reproduz o clima dos bailes de Carnaval.

Autor: Toninho Spessoto
Fonte: JC on line – Ondas Sonoras

Abrindo Alas para as Melhores Músicas de Carnaval/Correio da Paraíba  27/01/2008 00h01  

A pernambucana Maria Dapaz fez um levantamento entre as antigas marchinhas e frevos de Carnaval e gravou o CD “Ô abre alas”, em que interpreta as que considera as melhores destes gêneros. “Como compositora, me deu uma coceira e não pude deixar de incluir no disco duas músicas minhas”, brincou. E acrescentou: “Fui pelo ‘cheiro’, segui meu instinto para selecionar o repertório”, explicou a artista. O trabalho tem o selo da Atração Fonográfica.
É evidente que em um único disco não seria possível reunir todas as músicas consideradas excelentes, mas a seleção de Maria Dapaz traz pérolas em dois pout-pourris: “Índio quer apito”, “Pó de mico”, “Cabeleira do Zezé”; “Saca-rolha”, “Cachaça”, “Me dá um dinheiro aí”; “Ô abre alas”, “Marcha do remador”, “Allah-la-ô”; e “Aurora”, “Jardineira”, “Chiquita Bacana”. As composições da intérprete são: “Marcha do abacaxi”, uma daquelas canções com o clima do deboche carnavalesco, e o frevo de bloco “Cantiga pra Lua”.
Este é o quinto disco de Maria Dapaz pela gravadora Atração. A artista explicou que o novo trabalho foi feito a pedidos. “Nos shows sempre me pediam para cantar estas marchinhas e frevos, então achei que seria uma boa gravar um CD com as melhores”, contou. Entre os compositores relembrados, constam Chiquinha Gonzaga, Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira, Noel Rosa, Heitor dos Prazeres, Zé Kéti, Max Nunes, e muitos outros. O jornalista Assis Ângelo escreveu: “O novo disco de Maria Dapaz é assim, cheio de pérolas. (…) O negócio, mesmo, é ir logo buscá-lo na primeira loja e espalhar da gostosura que é ouvi-lo”. As lojas da Paraíba ainda não têm o disco, mas ele pode ser adquirido, autografado ou não, através do site www.mariadapaz.com.
As canções do disco foram garimpadas entre vinis das décadas em que os bailes de carnaval estavam em alta. Maria Dapaz disse que muitos bons compositores “se perderam na poeira do tempo” e que a juventude de hoje não gosta porque não vivenciou aquilo. Para atrair estes jovens, a cantora contou com a ajuda do maestro Gibba Gouveia, que modernizou os arranjos dos clássicos selecionados. “Gibba é de uma linha pop, tem uma pegada moderna. Colocou guitarras, fez com que as músicas ficassem mais interessantes para essa galera entre 20 e 25 anos que costumam achar chatíssimas as gravações originais”, declarou.
De mãe para filho
Na opinião de Maria Dapaz, o Brasil não cuida bem de sua memória cultural. Ela contou que esteve em Caetanópolis, Minas Gerais, terra de Clara Nunes, e ficou triste porque as pessoas de lá não sabiam quem era a cantora. O que a surpreendeu foi a velocidade como se esquecem de alguns ícones da música brasileira.
Maria Dapaz tem uma coleção de cerca de 3 mil discos de vinil. Ela aprecia as estrelas da “Era do Rádio” como Emilinha Borba, Marlene e Dalva de Oliveira. Também admira o compositor Black Out e a voz do tenor Vicente Celestino. A cantora declarou que bebe nessa fonte e que os artistas do passado representam os alicerces da música brasileira.
Segundo Maria Dapaz, nos “pocket shows” que apresentou nas livrarias Saraiva e Cultura, a juventude a acompanhou cantando as músicas de “Ô abre alas”. “É uma coisa que passa de mãe para filho”, ressaltou. Ela acredita que mesmo sendo músicas antigas, a força das melodias contagia qualquer geração. (Breno Barros)
Autor: Breno Barros
Fonte: Correio da Paraíba/Cultura

Marchinhas da Paz – Tribuna do Norte – Natal/RN 24/01/2008 00h01  

Marchinhas da Paz
CARNAVAL – “Marchinhas antigas você não encontra mais por aí”, disse Maria Dapaz

A pernambucana Maria Dapaz é outra que mergulha de ponta no repertório das marchinhas de carnaval. No disco “Ô Abre Alas – As melhores marchinhas e frevos do carnaval de todos os tempos”, ela revisita o ritmo que começou a embalar a partir da década de 30 os salões do país. Por telefone de São Paulo, onde mora atualmente, ela contou ao VIVER que tudo começou por obra e graça do apoio do público, que sempre pedia um trabalho voltado para o tema. “O pessoal sempre me perguntava daquelas marchinhas antigas que você não encontra mais ou quando encontra são em cima das gravações originais. E aquilo foi entrando na minha cabeça. Comentei com minha produtora, levei a proposta para a gravadora e eles adoraram a idéia”, conta.

Dapaz preferiu não mexer muito nos arranjos das regravações que incluiu no CD. E estão lá pérolas como Índio quer apito, Cabeleira do Zezé, Saca-rolha, Bandeira Branca, As Pastorinhas, Ô Abre Alas e outros hinos que ficaram famosos nos salões do Brasil.

A ousadia fica por conta das composições próprias que a pernambucana assina: Marcha do Abacaxi e Cantiga Pra Lua. A primeira é mais debochada. “A Marcha do Abacaxi fala daquela coisa de jogar tudo para o alto no carnaval, é muito legal”, afirma.

Indagada se é daquele tipo de folião que, como na marchinha, também joga tudo para o alto, ela diz que não. “Não sou carnavalesca de rua, mas de cantar. Minha vida continua sendo assim, uma grande alegria. Além do que aproveito o carnaval para trabalhar bastante. Estamos divulgando o disco aqui por São Paulo”, conta.

Mas será que um disco de carnaval não ficaria restrito ao período da festa? Para a cantora, não. “É atemporal porque não fica restrito, você pode comemorar aniversário, reveillon. Está ligado à qualquer tipo de farra, é super para cima! Você pode reunir sua turma num churrasco e escutar as marchinhas. Por isso vamos nos empenhar na divulgação do disco o ano todo. Na verdade, todos os anos faço um disco e um projeto. O CD das marchinhas é meu projeto enquanto o disco é o Da Cor Morena, que reúne composições minhas e outras pessoas como Dorival Caymmi, por exemplo”, afirma.

Maria Dapaz lembra que tem uma relação quase íntima com Natal. Já se apresentou várias vezes na cidade e esteve, como convidada, em duas oportunidades no prêmio Hangar, promovido pelo produtor cultural Marcelo Veni. “Estive aí em 1997 a primeira vez, toquei no projeto Seis & Meia, num hotel em Ponta Negra, numa casa na Ribeira. Eu adoro Natal”, afirmou.
Autor: Caderno Viver
Fonte: Tribuna do Norte/RN 24/01/2008