Archives 2021

CD Clareia

 

Em 1987 gravei então meu primeiro CD “Clareia” pela Seeds Records, com composições próprias, cujo tema era o Nordeste e suas tradições, dando assim continuidade ao trabalho iniciado pela HEKS. “Clareia” é uma canção que conquistou o público em geral e eu não podia deixar de canta-la em todos os shows. Esse CD foi distribuido em vários países da Europa, no Japão, no Canadá e nos Estados Unidos.
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Alemanha ocidental em 1987/88

Stuttgart ( Laboratorium), Frankfurt (Velha Ópera), Minden (Büz), Bremen (Kesselhalle), Nürenberg (Festival Sul-americano), Bonn (Jazz Galerie),Hameln (The Shamen), Hamburg (Werkstatt 3), Pforzheim (Kulturzentrum), Hannover (Pavillon), München… Era bonita a reação do público alemão à música do Nordeste. Em “Sebastiana” de Rosil Cavalcanti, eles cantavam todo o refrão com muito entusiasmo e felizes de poderem participar do show. Alemanha Oriental em 1988: Berlim . Participei do “18º Festival des Politischen Liedes ” como única representante do Brasil, um ano antes da queda do muro . Era um grande festival com representantes de todos os países, e foi meu primeiro contato com pessoas de culturas diferentes. Foram 10 dias de verdadeira aventura. Muita música, muita entrevista e a grande satisfação de poder representar o meu país.

França: Cantei no Festival “Printemps de Bourges” que reúne grandes nomes da música mundial, e tive o prazer de encontrar artistas como Serge Gainsbourg (compositor de “Je t’aime moi non plus”) e Ray Charles. No dia do show fiquei um pouco nervosa: é que a crítica não estava nem um pouco complacente. Mas, o show foi realmente um sucesso, tanto que a crítica só elogiou nos jornais do dia seguinte. Mas não deixou de noticiar que eu estava um pouco tensa… Dali surgiu uma tournée na Bretanha, no norte da França. Aproveitei para conhecer o país.

 

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Música do Nordeste Brasileiro

Cantei em cidades importantes como:

Lausanne (Théâtre des Faux-Nez / Grand – Café / Festival de la Cité), Montreux (Maison Visinand), Aigle (Le Château), Bex (Grande salle), Neuchâtel (Université de la Cité), Martigny (Caves du Manoir), Sion (Petit Théâtre), Genève (Festival de la Cité), La Chaux-de-Fonds (Théâtre ABC), Vevey (Théâtre de la Grenette), Monthey (Théâtre du Crochetan, ao lado de Georges Moustaki), Saint-Aubin (La Tarentule), Leysin (Commission Culturelle), Le Locle (La Grange), Marly (Halle de Marly-Cité ao lado de José Barrense-Dias), Fribourg (La Spirale), Yverdon (Théâtre de l’Echandole), Basel (L’Atlantis / Leonhardskirche), Luzern , Zurich (Kaufleutensaal, ao lado de Nazaré Pereira ), Berne (Gurten Festival), Monte Ceneri / Ticino…
Apresentei juntamente com Jocelyne, um programa de MPB na Rádio Chablais em Monthey, divulgando a nossa música durante todo tempo que lá fiquei.

Já em 1986 veio a proposta da ONG EPER/HEKS (Hilfswerk der Evangelischen Kirchen der Schweiz) para compor e gravar músicas falando do Nordeste Brasileiro.
Compús então 9 canções que gravei no estudio Gold Records em Zurique, com a participação do grupo “Avenida Brasil”. Essa gravação virou fita K7 “Música do Nordeste Brasileiro“, e foi comercializada pela HEKS para arrecadar fundos que seriam destinados à cooperativas agrícolas do estado de Pernambuco. Essa fita K7 acabou divulgando meu trabalho na Europa: Alemanha Ocidental e Oriental e França. 

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Meu 2° LP / Suíça “Maria da Paz”

Foi gravado no estúdio Transamérica do Rio de Janeiro com arranjos de Gilson Peranzzetta , Lincoln Olivetti e Nilton Rodrigues e produção de Gabriel O’ Meara. Foi lançado em 1983 pela mesma gravadora. Graças a ele, recebi o convite que mudou o rumo da minha carreira e da minha vida: Cantar na Europa, começando pela Suíça.

Em 1985 fui, através da Suíça Jocelyne Aymon, para realizar uma tournée de três mêses no seu país e acabei ficando quase 6 anos na terra do chocolate e do queijo, na cidade de Bex, perto de Montreux.
Me apresentei em teatros, festivais, shows de rádio e televisão. 

 

Recife / São Paulo

Alguns anos depois, mudei para Recife, e comecei uma nova etapa, cantando na noite em casas de shows e me apresentando em programas de televisão.
Foi nessa época que comecei a compor e tive minhas primeiras composições gravadas. Mas eu queria mais. A vontade de voar era forte, e eu decidi: “Vou embora…”.
Em 1978 fiz as malas e vim para São Paulo. Era inverno e eu quase fiz a viagem de volta. Cantei em vários bares da cidade até conhecer Lincoln Vieira, que gostou do meu trabalho de compositora e cantora, me levou para a gravadora Copacabana e me apresentou ao Mokarzel, diretor artístico na época. Fui contratada.